quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

New Frontiers, nascido de clássicos.

Tomas Lehmann que para mim dispensa apresentação por conta de um dos meus jogos favoritos, Race for the Galaxy, tem tateado em diferentes frentes, sempre com o pano de fundo sendo seu afamado jogo.

Além das diferentes expansões criadas para o Race, desenvolveu o Roll for the Galaxy quando o jogo passou de cartas para dados, não joguei, mas está ai para ser experimentado, como gosto de jogos que fazem uso inteligente de dados, acredito ser um jogo também interessante.

Já com New Frontires, Lehmann nos presenteia (estou antecipando), com a versão em tabuleiro modular, cheio de variáveis e a fulminante rapidez do Race. Ele deixa claro que há inspiração no Puerto Rico ( baita jogo e clássico consagrado), mas convenhamos o sistema de escolha de ações do Race já deixava isso bem evidente.

Nesse jogo a preocupação é permitir que o planejamento tenha vez, fugindo um pouco do caos que parece dominar o Race. Isso quer dizer que os jogadores vão planejar e chegar a resultados, sem depender da necessidade dessa ou daquelas cartas, reclamação de muitos, mas que na realidade está mesmo associado a curva de aprendizado para o Race, em síntese o jogador vai construir seu império galático.

Abre-se espaço para o jogador mais casual, mais euro, acostumados aos jogos de tabuleiros, tanto que houve preocupação em simplificar e tornar mais intuitivo a simbologia empregada no jogo de cartas. Pode que para os amantes do Race isso seja um ponto desfavorável, mas na certa vai chamar atenção de muita gente que gosta da temática do jogo e fica meio embaralhado com essa iconografia.

Mas para não decepcionar justo os fãs os combos vão estar presentes e garante assimetria de sobra para o jogo. Muito do que existe no universo do Race, faz parte deste projeto de Lehmann  e novidades como os colonos ( aqueles do Puerto Rico), devem ser usados para tornar os mundos ativos, além dos custos tradicionais em recursos.

A ordem de jogar também difere e obedece uma escala de posição na qual o jogador tem a capacidade de mudar, porém gastando jogadas, desta forma poderá buscar certas vantagens e passa a ser elemento estratégico e não aleatório.


Gostei de tudo que li a respeito do jogo, sou vidrado na ficção e agrada muito o estilo do Race, então acredito que teremos sim um jogo muito interessante, com todos os elementos tradicionais de um clássico como Puerto Rico somado a outro clássico que é Race e em nada é apenas uma junção dos dois jogos, mas um agradável jogo de tabuleiro de temática espacial, somado com a proposta da alucinante velocidade do Race for The Galaxy.

Dizer que é apenas uma nova roupagem é exagero, mas que nasceu inspirado em grandes jogos  não tenha duvidas, esse vai figurar entre os grandes jogos, pelo menos tem tudo para isso.

Estava previsto ser lançado em fins de 2018, então de olho nele.

Abraço!


Autos Tomas Lehmann
Jogo para 2 a 5 jogadores.
Duração de 45 a 75 minutos.
Idade sugerida 13 anos.
Mecanismo principal, Ordem de Fase Variada.


Fonte BGG

2 comentários:

  1. Race é maravilhoso!
    Roll é excelente!
    New Frontiers está a caminho! KKK

    A série me deixa feliz com um aspecto interessante: não importa que o tema seja o mesmo, não importa que os elementos sejam reaproveitados entre os jogos, não importa que algumas dinâmicas sejam compartilhadas: há um público fiel que segue os autores e querem ver como a nova implementação foi feita. Esse público cativo que é uma das coisas mais legais do hobby e por mais que o tal do Mercado, como entidade idolatrada e que muitos afirmam falar em nome dEle, tente ditar que a inovação é fundamental tem muito feijão com arroz muito bem feito por aí!

    Novamente parabéns pelo texto e meus votos de #voltahermes!

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    1. Grande Igor, Obrigado!, então fala-se uma verdade inovação é fundamental, ai requer mecânicas novas, no mais a grande maioria é combinação delas. Mas na música são oito notas e olha quanta coisa bacana é criada.

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