segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Extreme Tower.

A torre de dados, é um instrumento muito útil para garantir que os resultados dos lançamentos, sejam realmente aleatórios, afinal são duas ou mais rampas inclinadas, em sentidos contrários, que tem por objetivo jogar o dado para cá e para lá, de modo que ao cair no bojo de coleta, o resultado seja sempre diferente, guardadas as probabilidades.


Bom!!..... mas imagino que existam pessoas que não confiam plenamente nas torres de dados e na aleatoriedade que são capazes de garantir. Pessoas estas, muito desconfiadas, talvez traumatizadas por experiências onde seus oponentes, sem usar torres de dados ou outros meios para tornar o lançamento de dados aleatório, resultou em profundo trauma psicológico, talvez até acompanhado de tiques nervosos.

Este tipo de pessoa ao ver um conjunto de dados ser lançado...(ainda não conheci nenhum jogador assim)...entra em parafuso, sua frio...este cidadão....(eu acredito que tais pessoas existam, tenho a prova!).... passa a ter compartimentos em sua mente muito obscuros, da qual brotam ideias igualmente obscuras.

O resultado disso é a verdadeira Torre de Dados, com a qual o seu criador quer a garantia extrema do efeito aleatório proporcionado pelas torres...vejam senhores,  esta sim é a prova definitiva da qual falei ...agora você sabe também....  tais pessoas existem e a imagem ao lado é a prova a............................... ......................................."extreme tower".

Note que foi devidamente projetada, para que o jogador ao lançar os dados, o faça do andar superior da casa, e é bem provável que tenha tempo suficiente para chegar no andar térreo e ver o resultado do lançamento acontecer.

Bom... o cidadão tem que ser espirituoso para tal empreendimento, ficou muito bacana não resta duvida, a torre por si só já é lúdica o suficiente, lógico um tanto quanto não prática.

Parabéns aos envolvidos, afinal alguns gigantismos fazem parte do pacote de diversão que é mundo do tabuleiro.



Imagem retirada da pagina HomeFront WArgame Center.


Abraço!








domingo, 20 de dezembro de 2015

Fechando o ano, Clube Péricles.

Este ano pela primeira vez por sugestão do Rafael Furlaneto, passamos a usar o profano livro Liber Ludo, o livro do conhecimento cronológico. É o registro das almas devoradas pela ampla necessidade de jogar, de conhecer as novidades do mais profundo submundo lúdico, onde semanalmente a sanidade é consumida pelo fogo das profundezas de mentes criadores de ilusões, modelos, mecânicas, temas, meeples, tabuleiros, miniaturas, livros de regras, arte temática, um mundo a parte, um Mundo do Tabuleiro.

O profano livro agora registra para as futuras gerações o que aconteceu, quais os personagens de cada história e quais histórias foram contadas. Pelo grupo passaram dezessete almas, algumas muito comprometidas, cujo grau de sanidade é medido pelo número de vezes que mergulharam no universo dos tabuleiros, lugar de muitos lugares, do passado para o futuro e vice versa como viajantes do tempo, do abstrato para o profundamente temático e realístico, do sério para o divertido, da sorte para o estratégico e onde quase sempre tudo isso não passa de uma via de duas mãos.

Por mundos estranhos estas almas vagaram, lá viram que existem coisas muitas vezes inimagináveis, outras vezes cenas brutalmente verdadeiras, não raros os casos de experiências, onde o conhecimento obtido  é fora de qualquer contexto de lógico temática, que não o de mecânicas precisas e matematicamente ajustadas. São destes lugares que brotam a duvida, a alegria, a tristeza, a decepção, a indiferença e a raiva, sensações sentidas somete por almas que transcendem a existência diária, cansados das jornadas que lhe são imputadas pela vida, mas no fim a satisfação por chegar ao estágio da contemplação e compreensão destes mundos imaginários, afinal até o mais idiota dos idiotas consegue jogar uma partida de tabuleiro e se divertir, ou não é?

É isso ai povo, fechamos a temporada 2015.

Veja a relação de almas perdidas para os jogos de tabuleiros.

O cara mais perdido é o...Rafael 45 participações;
Hermes (eu mesmo) 44;
Rogério 32;
Coveiro 23;
Rodrigo e Dieter 22;
Witold 18;
Maicon 16
Ivo 12;
Anderson 7;
Angelita 4;
Junior 3;
Marcos 2;
Felipe, César, Eduardo e Simone 1 vez;


Coveiro (E), Rogério, Rafael é Rodrigo.


Os jogos jogados foram 51 diferentes este ano, alguns repetidos, alguns jogados uma única vez, outros a primeira vez, e muitos outros nem mesa viram durante este ano, pegando poeira.

O mais jogado é o Race for The Galaxy 20 vezes, já é tradição no grupo e conta cada vez com mais aficionados;
seguido pelo  Splendor 14 vezes;
Five Tribes 5;
Ave Caesar 4;
Alien Frontiers, Eclipse, Carcadice e  Terminator 3 vezes. Uma variedade de jogos foram  jogados duas ou apenas uma vez do total dos restantes  43 jogos jogados e não listados neste texto.

Race novamente o jogo mais jogado.

Bom não estão relacionados os dados da jogatina que ocorre em outros lugares como na casa do Dieter, porque não são informados, bem como muitas jogatinas mais pontuais e isoladas, que com certeza modificariam o cenário dos jogos jogados e dos jogadores, dai que os registros na grande maioria são os que ocorrem na minha casa ou na casa do Rafael. Mas convenhamos o que conta é jogar e se divertir como amigos, registros como fizemos, são apenas parte da nossa história e  uma vez que são marcados no livro das almas lúdicas, o profano  Liber Ludo,  lá permanecerão para todo o sempre.

Abraço!

sábado, 19 de dezembro de 2015

Tiny Epic Galaxies.....gostei.

Cabe em qualquer canto, caixa pequena, fácil de transportar e até no porta luvas de um carro fica bem fácil aloja-lo. O autor Scott Almes desenvolveu o mecanismo de rolagem de dados e adequou a diferentes temas, o Galaxies que vou abordar, segue na linha da ficção cientifica, mas é possível obter temas como  western ou fantasia entre outros. Comporta de 1 a 5 jogadores, em partidas de 30 minutos, sugerido a partir dos 14 anos.

O mecanismo central é a rolagem de dados, temos também controle de área, jogadas programadas, portanto uma gama bem sortida e combinada perfeitamente. Embora com poucos componentes Tiny Epics agradou e surpreendeu, faz jus aos bons comentários que já havia lido.

Cada jogador recebe sua cartela de "civilização", ou seja, sua galaxia de origem, mais um grupo de naves bem no estilo Flash Gordon e um conjunto de dados D6 ( devidamente caracterizados), vai gerenciar recursos de modo a colonizar e conquistar novos mundos em outras galáxias. O número de dados que o jogador utiliza é relacionado ao nível de desenvolvimento da sua civilização, indicado sobre a cartela de " civilização", assim como quantas naves pode usar, além de um determinado número de PV.  Uma segunda escala marca a cultura desta civilização e o total de energia disponível para mover suas naves.

Cartela da civilização, compacta até demais, serve para controlar o quão avançado
 é sua civilização, o que lhe permite usar mais naves, dados e obter alguns PV. 
Também o quanto de cultura a civilização é avançada e pode ser usada, além da energia, 
que é gasta ao mover as naves ou re-rolar dados.


Sobre o centro da mesa são dispostos as cartas de planetas, cada qual "produtor" de um "recurso" além de um poder específico. Pode ser disputado por tantos jogadores como estiverem jogando ao colocar uma nave sobre a escala de poder, que deve ser percorrida na totalidade para sua conquista. O progresso na escala é pago por influência cultural ou diplomática, sendo o valor do planeta igual os pontos de vitória obtidos, e quanto maior o valor, mais caro será conquista-lo, note na imagem abaixo um planeta com valor 5 e outro de valor 3, a escala do segundo é menor e portanto mais fácil de tomar.

As cartas de planetas são disputadas por seus PV, ao custo de diplomacia 
ou economia. O  jogador recebe recursos como cultura e energia, 
e um poder extra. Os dados são os agentes acionadores 
das ações,  é possível re-rolar dados ao pagar com energia da sua 
escala de recursos.

Os dados  tem nas suas faces figuras relacionadas com ações como mover naves para planetas, avançar a civilização ( estrela) sobre o cartão de civilização, obter energia e marcar na respectiva escala, influência econômica ou diplomática, usados diretamente para avançar seu marcador em um planeta que pretende dominar,  nível de cultura ( mover na escala) e colonizar mundos que é colocar uma de suas naves sobre um dos planetas. São em número de quatro ao inciar a partida, é possível adicionar mais a medida que avançar  sua civilização. Re -rolar dados é permitido ao gastar energia, a primeira é sempre gratuita e sempre tantos dados quantos achar necessário. Como mencionado, os dados são relacionados com as ações, uma vez usados são descartados sobre a cartela central. Não há ordem para sua execução, é permitido repetir ações sem limite.

Os dados sobre o cartão de descarte central, é possível 
trocar dois dados por um resultado em um terceiro dado a escolha.


Um detalhe interessante é usar a cultura, que permite o jogador gastar este " recurso" para repetir durante a rodada uma jogada feita por outro jogador quando este a fizer.

Bom senhores, basicamente é isso, Tiny Epics é um jogo que embora bem compacto tem cara de jogo grande, euro em todos os aspectos, requer um pouco de atenção e algumas rodadas jogadas para começar a fluir  com rapidez. É interativo dai as disputas pelo controle de planetas, e digo ser o tempo gasto ao jogar o jogo um tempo bem gasto, vale pensar em te-lo na sua coleção, atende muito bem a jogadores mais frequentes, embora novatos possam sentir alguma dificuldade, não é nada fora do normal.

Fica a dica!.

Abraço!

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Velinho de 191 anos.... Kriegsspiel.







Kriegssipel, jogo de guerra em alemão. Achei esse jogo em uma dessas andanças eletrônicas pelo BGG, como são milhares de jogos cadastrados ( 70 mil se não me engano), vasculhar jogos naquele espaço é algo interessante.

Bom o papo é esse jogo de 1824 ( isso mesmo), eis o autor.....Georg Heinrich Rudolf Johann Baron von Reiswitz, na certa o nome mais longo de autor que já encontrei.  O cara devia ser megalo maniaco, afinal o jogo comporta de 2 a 99 jogadores, rs!!....estimado durar 300 minutos e idade sugerida a partir dos 14 anos.


O jogo foi traduzido em 1983 para o Inglês, inclui todas as tabelas, regras, incluídos elementos tardios por volta de 1870, quando o jogo foi concluído e tornou-se um sistema de jogo de guerra, intitulado " Instruções para a Representação de Manobras Militares", nome pomposo para um jogo, mas o detalhismo pelos anos de desenvolvimento devem dar ao jogo um bom apanhado sobre as manobras militares do Séc .XIX.

É possível obter as  regras  neste link em inglês. A imagem ao lado é uma peça original do jogo em 1812, pertencia ao Imperador Frederico III da Prússia que fez frente a Napoleão. Esta exposta no museu do Palácio de Charllotenburg em Berlin.

A mesa continha diversas gavetas com os componentes, a modularidade é parte essencial  para compor diferentes cenários, como visto na imagem abaixo.


As unidades, blocos representam os batalhões em linhas de batalha.
Elementos topográficos, estradas, matas, tudo para elevar o nível tático.


Então povo, é para inspirar, é para dar aquela vontade jogar jogos de guerra, os melhores sempre em todos os aspectos. Se não conhece??... procure se informar.

Abraço!

Fonte BGG.







domingo, 6 de dezembro de 2015

Ubongo sempre?

O jogo tem sua fama, seus fãs, seus méritos, um euro e abstrato puro sangue, um puzzle jogado contra o tempo que é sem duvida seu ponto alto e mais divertido. Regras simples, leves e rápidas para aprender, afinal é receber um dos cartões a cada rodada, rolar o dado ( um dos jogadores, alternado então a cada rodada) e observar a figura revelada, sacar as peças correspondentes indicadas no seu cartão( diferentes para cada jogador), detalhe assim que jogar o dado, virar a ampulheta e ai são 50 segundos de adrenalina, o jogador deve encaixar suas peças, dentro do espaço geométrico do cartão e nem sobrar espaços, nem ultrapassar a delineação do mesmo.

As regras são praticamente o que citei acima, agora por conta de cada jogador, o jogo requer atenção, dai primeiro usar as peças corretas, depois manusear estas como bem entender ( menos dobrar, rasgar) com o objetivo de encaixar todas as peças de modo a ocupar a figura do cartão.

Cartão com a figura fechada, note a mascara no canto 
esquerdo inferior, duas peças em formato de "L" 
e uma retilínea, devem ser encaixadas 
na figura do cartão como podem ver, esta 
é a ideia central do jogo, o desafio, a missão.


Feito isso é somente quem conseguir cumprir a missão (encaixar as peças), o jogador grita "Ubongo".... quando passa a viver um momento único na vida, tem uma iluminação reveladora, poderá mover o  seu peão estiloso, de zero a quatro espaços (para o primeiro jogador)....mover o peão estiloso, é mover para um campo vazio, dai entender, não ocupado por outro peão, para capturar duas das pedras preciosas para sua coleção, dispostas sobre a linha na qual o peão foi posicionado e na ordem  em que estão nesta linha.

Peão Estiloso.... é não? Note que cada peão ocupa uma 
linha de onde recolhe as pedras de sua coleção.


Aqui cabe a estratégia, o jogador que tem por objetivo fazer coleções de pedras por conta das cores, deve tentar capturar o máximo de pedras de uma cor, afinal no final é a maioria desta contagem que define quem vence, mas capturar diferentes cores (sempre em quantidade) é critério para desempate. Outro detalhe, somente o jogador que conseguir cumprir a missão de fechar a figura no cartão, poderá capturar duas pedras, e quem o fizer mais rápido, tem o bônus de mover mais espaços o seu peão estiloso.

Nota: O movimento do peão estiloso, é diferente para cada jogador, o primeiro poderá mover até quatro espaços, o segundo no máximo três, o terceiro dois, o último (o quarto) um espaço no máximo. Todos podem optar por não mover.

Bom senhores Ubongo é isso ai, agradou, realmente é simples, requer atenção, visão espacial. Acostumar com as peças resulta em velocidade para o jogador..... e no Ubongo isso faz a diferença. Dai a pergunta " Ubongo Sempre ?"... diria que é um bom jogo para estar na coleção, vai agradar a jogadores casuais, inciantes e mesmo gamers não competitivos compulsivos, agrada muito por ser uma corrida contra o tempo e o desafio de encaixar as peças. Embora a coleção de cartões seja grande, fatalmente para quem jogar constantemente ( "vai acostumar"), vai acabar por fazer tudo em tempo recorde, e então o jogo  já não será tão divertido, diria então, que a questão aqui é ser comedido. Bom jogo, melhor para família, dai uma boa opção.

Ampulheta e o dado, este outra peça bonita do jogo.


Autor  Grzegorz Rejchtman, comporta de 2 a 4 jogadores a partir dos oito anos, as partidas são rápidas entre 20 a 30 minutos, os componentes são muito bons, a arte é ótima, e o "peão estiloso", é realmente muito estiloso, uma peça muito bonita.

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Abraço!