segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Comparando "Catan O Jogo", com "Colonizadores de Catan".

Que a Grow embalou não resta duvida, agora percebe-se um certo alinhamento que representam novas mudanças. Catan foi anteriormente lançado em 2011 se não me falha a memória, porém com diversas diferenças entre a versão mundial. A arte foi refeita e na minha opinião para melhor, muito mais imersiva com a proposta temática do jogo. Houveram diversas criticas, principalmente com relação ao formato da caixa e a respectiva arte que embora bonita, não seguia a tradicional linha européia.

Note a grande mudança das versões, a direita a nova.

Para chegar onde quero, vou envolver o Puerto Rico, lançado mais recentemente pela Grow, que ao ser  lançado no mercado brasileiro já vinha com expansões. Este é ponto que mostra a preocupação da empresa com as criticas e ou perguntas frequentes que porventura pude-sem vir, no sentido " é compatível com a versão européia?", e para por fim na conversa, o jogo já vem com tudo que lhe é aplicável oficialmente. Para o jogador brasileiro, comprar a versão importada ou nacional,  significa mudar o critério, afinal a opção da Grow é agora bem atrativa no que tange valor, compatibilidade e qualidade.

Mudanças que no caso do Catan lançado bem antes, são perceptíveis agora, afinal em 2014 a expansão para 5 e 6 jogadores, deixou uma brecha. Diferenças visíveis que apontam mudanças de estratégia da empresa, pois as caixas eram bem diferentes no seu formato, mas também pela primeira vez neste segmento,  uma das grandes editoras, pensava em expansões, afinal a ideia das expansões é basicamente revigorar e incrementar o jogo base, e sem duvida a nível mercadológico, vender mais sobre uma mesma linha, tanto que isso é amplamente vivenciado nesse segmento fora do Brasil,  existem jogos a exemplificar o Carcassonne, que possui ampla gama de jogos de expansão. Por favor, não vamos comparar expansão com versão , situação bem típica com certos jogos que tem versão de tudo que é tipo, mas que não são expansões.

Manuais, apenas pequenas diferenças.

Bom ai chegamos a nova versão do Catan da Grow, recebi um exemplar e pude comparar. Os componentes, são iguais em sua grande maioria a versão lançada em 2011, salvo pequenos detalhes pontuais. E realmente é a caixa que revela alguma intensão, ou  de equiparar o produto com a versão européia, embora com diferenças nos componentes, ou o mais provável pensar em alinhar com a expansão de 2014 e quem sabe talvez outras??.....por conta disso imagino que os novos lançamentos da Grow, devem levar mais em conta situações como esta futuramente, o que não deixa de ser um bom negócio para os gamers brasileiros.

Com relação as duas versões da Grow,  fiz uma comparação que você pode acompanhar abaixo:

Inserts, obrigatoriamente diferentes.

Cartões de resumo, maior estrada e 
maior cavalaria, esta é diferente.

Peças de terrenos, iguais, salvo a peça do deserto.

Cartas de recursos, alguma duvida?...

....sim!...o verso das cartas agora é diferente, gostei mais.

Cartas de desenvolvimento, pontuais diferenças ..é um erro??
.... a arte da Câmara mudou e na nova versão é igual a Catedral?

Peças iguais!

Vilas, cidades e estradas iguais, como são peças 
em plástico, não poderia ser diferente.

Aqui também uma diferença significativa, 
embora sem implicações.


Bom senhores, dá para ter uma boa ideia da nova versão, com certeza novos ventos estão soprando para dar rumo a futuras pretensões da empresa, que entendo serem muito boas para nós jogadores brasileiros.

Abraço!






















domingo, 11 de outubro de 2015

Para os malucos de plantão!

Esta é para os malucos de plantão, principalmente para quem curte jogos de guerra táticos com miniaturas. O diorama que esses caras alucinados ( Amazing Tabletop Terrain), no bom sentido, estão configurando é o da batalha de Gallipoli, especificamente batalha de Baia de Chunuk  durante a I GM.



A batalha foi travada entre tropas da Nova Zelândia e Australianos, como tropas associadas a Grã Bretanha, contra os defensores Turcos. A ideia era tomar a península e quem sabe cortar o Bósforo ( ligação entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro), que provou-se ser uma campanha mau conduzida e com custosa quantidade de vidas.
Reflexo da insistente estratégia militar adotada pela maioria dos exércitos nas batalhas da época, ao enviar infantaria contra as linhas do defensor ( em geral bem entrincheirado) com significativa presença de metralhadoras para liquidar a pretensão dos assaltantes, Gallipoli não foi diferente.



Como falamos sobre jogos de tabuleiros ou de mesa, os jogos de guerra com miniaturas fazem parte e  bem poderiam se aproveitar  desse magnífico cenário. Os envolvidos estão de parabéns pelo ótimo trabalho é fascinante, é um mergulho interativo na história militar.
O diorama é conta com mais de cinco mil figuras de soldados, e tem mais de dez metros de comprimento, então antes de ter uma ideia besta de botar isso na sua sala, pense bem se a patroa vai gostar.

Maiores informações, clique aqui.

Abraço!


Imagens retiradas do site Amazing Tobleton Terrain.







quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Tsuro

Abstrato, rápido, bonito e principalmente divertido, onde se pretende chegar a algum lugar ( permanecer no jogo) e talvez vencer, mas também é muito fácil chegar em lugar algum e terminar sua participação repentinamente, e todos colaboram avidamente de forma involuntária ou intencional para que isso aconteça.

Caixa a arte é bonita!

Tsuro agrada por sua simplicidade, rápido é muito fácil para aprender, visto que é colocar o dragão em um dos pontos iniciais da partida, a escolha do jogador, então na sua vez de jogar deve posicionar  peças de rotas da sua mão, para depois  mover o dragão até o final da rota escolhida, dai a questão da importância da posição inicial, onde a grande pergunta é... "qual o melhor local para começar??".. e para esta simples pergunta uma simples resposta, "qualquer lugar tá bom" ou mais ou menso isso.

Coveiro(E), Simone e Ivo, Rafael ( fundo) e Rodrigo.

O que parece a princípio ser um jogo no qual você controla seus movimentos, já que é você que escolhe onde vai começar com seu dragão(1), é você que escolhe a peça de rotas que vai usar (2), é você que escolhe como posicionar esta peça(3), então é normal que você se sinta no controle da situação!...e realmente vai estar até que o outro jogador, aquele abelhudo e mau intencionado a sua direita ou a sua esquerda, ou quem sabe a sua frente, resolver posicionar uma peça que leva seu dragão por outro caminho, ele acabou de mudar seu mundo, seu destino, seu jeito de pensar....é ai que você vai chegar a seguinte conclusão... "que puto"....ele na maior das malvadezas, levou ou tentou levar o seu dragão para o caminho das profundezas infinitas, de onde jamais um dragão que ali entrou, retornou!!.... um buraco negro de trevas, escamas, asas, chifres e vômitos de chamas reluzentes que não podem mais ser vistas, é dantesco ou interestelar.... e ainda você pensa que aquele seu oponente não fez isso intencionalmente,...bahhh meu, acorda!!

Início da partida, muito espaço para jogar.

Perto do final da partida, a coisa complica.

Jogar Tsuro é bem assim mesmo, então repassando:

-1- posição inicial do dragão na borda do tabuleiro;
-2- receber três peças de rotas, escolher uma para jogar;
-3- posicionar a peça sobre o tabuleiro e em acordo com qualquer outra peça já posicionada, para então mover o dragão até o final da rota desta nova peça, a baixaria lúdica (rs!) reside aqui;
- 4- repor a mão com uma peça de rota da reserva;

Nota- se as peças da reserva acabarem, o jogador pega a carta do dragão, que lhe dá o direito de receber uma das peças de um jogador, que teve o seu dragão vitimado ao cair fora do tabuleiro, justo por aquele jogador sem escrúpulos e compaixão pelo jogador alheio.

Entenda, as rotas vão surgindo a medida que as peças são colocadas, dai que aos poucos o emaranhado de rotas acaba por ser caótica, e a sua sobrevivência vai depender de conseguir optar por rotas,  que não levem o seu dragão para uma das saídas do tabuleiro, que ao iniciar eram as entradas no tabuleiro.

A peça do Dragão em detalhe, bem bacana.

Bom pessoal, veja lá que é tranquilo jogar Tsuro, também é divertido e muito rápido, o caos lhe confere boa rejogabilidade, cabe bem como um daqueles jogos de entrada de noite ou então para finalizar como um jogo leve, um bom jogo resumidamente. Para quem curte o visual oriental de dragões, vai gostar, o jogo é bonito.

Fica a dica!

Autor Tom MacMurchie, comporta de 2 a 8 jogadores a partir dos oito anos e as partidas duram algo como 15  a 20 minutos. A versão que jogamos é da Calliope Games.

Abraço!







domingo, 4 de outubro de 2015

Android Netrunner - The Card Game --- Primeira opinião.

Olá.

Tem um bom tempo que o Hermes me adicionou como colaborador do Mundo do Tabuleiro. No entanto por motivos dos mais diversos só agora me coloquei a de fato colaborar. Sendo assim, esta é a minha primeira participação aqui como produtor de conteúdo e eu espero que seja do agrado, embora minhas opiniões nem de perto visem agradar (ou desagradar) o leitor mas sim mostrar meu ponto de vista. Claro, contra-argumentos são e sempre serão lidos...

Pois bem, nesta última sexta-feira (02/10/2015) estivemos reunidos mais uma vez no Covil do Clube Péricles para continuarmos a elaboração do nosso plano de dominar o mundo jogarmos e bater papo. Joguei duas partidas do abstrato Tsuro (ou Ti-furo no nosso caso) e uma partida, de estréia da minha parte, do famoso LCG Android Netrunner contra o témivel programador Coveiro (dono do jogo). Meu celular estava baleado e não tirei fotos da partida em si. Vou colocar algumas imagens do BGG e, claro, fazer a devida referência ao autor.


Imagem da frontal da caixa - Fonte BGG - Autor W Eric Martin


1) A minha opinião geral já de cara!

Eu gostei bastante do jogo! Achei ele imersivo e bem adequado ao tema. O universo distópico é bacaníssimo (mas reconheço que tenho muito a aprender sobre) e a relação tempo-mecânica me pareceu adequada.

Agora, vamos a alguns detalhes mais específicos.

2) Overview do Jogo.

Trata-se de um LCG Construtor de baralhos (Deck Building) ambientado numa realidade alternativa e "perversa" (como se a nossa não fosse, kkk) no futuro. Um dos jogadores assume o papel de uma grande corporação e o outro o papel de um Hacker com intuito de combatê-la ou fraudá-la, seja o que for. O jogo simula o Hacker no seu computador pessoal e a empresa e seus servidores.
O Hacker instala Hardwares e programas agressivos diversos (seja para roubar dinheiro de incautos ou destruir/penetrar "firewalls" dos servidores da Corporação) enquanto que a Corp. instala os famosos firewalls (Ices no jogo) e trabalha para por sua Agenda em prática.
São as agendas que dão os pontos ao jogadores: Aos Hackers quando as rouba (frustrando os planos da Corp.) e à Corp. quando consegue pô-las em prática. Quem obter 7 pontos de agenda por primeiro ganha a partida. É legal cara!
Estrutura geral de uma partida - Fonte BGG - Autor Stevepop

3) O que é muito legal?

O tema é muito bom e bem ajustado à mecânica. Um pouco de imaginação e você facilmente se vê tentando Hackear um sistema de uma grande empresa ou tentando protegê-lo.

Uma das cartas de programa da minha Hacker na partida - Fonte BGG - Autor byronczimmer

4) O que não é tão legal assim?

Com os baralhos básicos (de Hacker e de Corp) claramente o jogo tem data para virar enfeite de estante pois após ocorrer um estabelecimento das estruturas de ataque e defesa o jogo torna-se basicamente uma corrida entre o Hacker correndo para obter muito crédito (dinheiro) e assim garantir penetração nos Ices e a Corp tentando dar mais força para suas barreiras e a coisa tenderá a ficar monótona com o tempo.
SENDO ASSIM (e espertamente) os produtores "forçam" a compra de expansões (tem muitas!!!!) bem como tende a ocorrer o famoso efeito Magic The Gathering: Bombar o seu Deck (Daí a nocividade do Deck Building na minha opinião).

5) E a relação Mecânica-Tempo?

O meu principal critério para determinar se um jogo me agrada é a relação mecânica-tempo, ou seja, se os mecanismos de jogo propostos suportam aquele tempo de jogo. Por exemplo, eu acho que a simples mecânica de compra de cartas do Splendor somada à sua baixa variação dentro do tema é muito boa para partidas de, no máximo, 20 minutos. Mais do que isso e o jogo fica chato e a diversão (principal motivo para alguém jogar um jogo, não?) vai pra Dilma, ou seja, perdeu!
O Android Netrunner, ao menos com os decks padrões fica no limiar deste critério e, digamos, passa por média, ou seja, a mecânica suporta, no máximo 45 minutos (que foi o tempo de minha partida) e no final você já tá meio que sentindo a vontade de tocar o dane-se e perde um pouco da imersão pelo cansaço da repetição.

Ice (Firewall) com suas subrotinas de defesa. Fonte BGG . Autor godunov


6) E o fator humano?

Ou seja, o jogo é propício ao jogador patológico, cujo maior desejo é vencer independente da diversão alheia? Mais ou menos. Durante a partida há poucas opções pois ou executa-se o que  tem na mesa ou baixa as cartas da mão (mas dá pra surtar nas estratégias dependendo do nível da vontade de vencer). No entanto este tipo de jogador irá passar horas anteriores ao jogo montando seu deck e se você não for como ele provavelmente sairá derrotado em grau dois, isto é: perde o jogo e com a sensação de nunca ter jogado, apenas feito presença.
Por outro lado, com um oponente adequado o jogo flui bem e é MUITO agradável de se jogar. Este foi o meu caso nesta partida com o Coveiro, um oponente com o qual eu gosto muito de jogar pois equilibra bem a vontade de ganhar (e ser competitivo oferecendo algum desafio) com a preocupação da boa fluidez da partida para todos.

O fator humano é quase tão importante quanto o citado no item 5) e está de algum modo ligado a ele. Minha última partida de Condottiere por exemplo levou 1 hora e meia e gastou meu tesão no jogo por um bom tempo embora eu o considere um bom jogo.

7) Comprar?

Eu creio que sim, mas avalie seu grupo de jogo antes senão aumenta o risco de pagar caro em papel de novo porque eu sei que você também já fez isso antes!

É isto, minha opinião após UMA partida. Um abraço.


sábado, 3 de outubro de 2015

Liber Ludo de Setembro.

O mês marca participação de novos membros como no caso do casal Ivo e Simone, além de algumas estreias lúdicas a citar Ave Caesar, Terra Mistica, ambos jogos que agradaram bastante, o primeiro por conta da boa diversão proporcionada, o segundo pelo jogão que é. Então senhores, em Setembro jogamos:


Dia 11

Duas partidas de estréia do Ave Caesar, também foi a primeira participação do Ivo, que sofreu com Hercúlius um cativo de Narbos, só posso dizer que ferrou tudo para quem chega por último. Jogaram Rogério, Ivo, Coveiro, Dieter, Rafael, Witold e eu.








Dia 18




Partidão de Alien Frontiers, cada vez gosto mais desse jogo, recomendadíssimo, participarão Ivo I do Império Ibiramaris, Rafael representante político da hipérbole externa do quarto eixo e Hermes dos Hermes do planeta Hermes, nesse planeta todos se chamam Hermes, agora pensa nas hermissis.





Dia 25

Grande jogo Terra Mystica, resulta em grande partida, mas com poucos e pontuais erros a observar nas próximas partidas. Também jogaram Five Tribes, outro jogão, Ave Caesar do temido Hercúlius, este duas partidas. Entre romanos e árabes presentes, havia alguns esquisitos das terras mais que misticas, Rafael, Ivo, Maicon e Angelita, Rogério e eu.



Então senhores, acabou o mês!




Abraço!






Link para edição anterior do Liber Ludo.