Se for falar que é um jogo de estratégia... tem que queimar fosfato, planejar realmente não é o caso e esta muito longe desta realidade. Mas confesso que queimei a linga ao falar de forma genérica sobre os jogos de dungeon. Meu ponto de vista estava ancorado em outros jogos que joguei do estilo e achei decepcionantes.
O porque decepcionantes?
...simplesmente porque não tem nada para fazer além de mover, buscar e enfrentar um monstrengo e depender em tudo e para tudo de dados. Me perguntava então qual é a graça, porque os que joguei até então, eram isso....não venha me dizer que existe tensão nas jogadas que não existe, mas não mesmo.
Para mim se você planeja, organiza e então enfrenta a situação aleatória dos dados, a exemplo do que ocorre em jogos de guerra, sujeito a perder tropas, abrir uma abrir brechas na sua defesa, concordo... mas não num jogo deste tipo, tu já entra sabendo que vai perder, então para que tensão, chega a ser ....ridiculo..
Bom até ontem era isso, ai o Rafael trouxe o Dungeon Quest. Visual bacana, minis ótimas, arte muito boa, tipico da maioria dos jogos do estilo, mas este até as peças de dungeon eram bonitas, quando a maioria são feias e tem um contraste terrível se comparado ao padrão das minis..
A qualidade das miniaturas é ótima, tem até um cavaleiro Jedi na jogada, rs.
Observe a arqueira.
Bom... explicações como funciona... mover, posicionar uma peça de "caminho" no local escolhido , abre a peça vê o que vai enfrentar, abrir cartinha de evento até ai nada de novo, o tradicional.
Geral, jogo em andamento, detalhe a torre de dados da Tércos combinação perfeita.
Em primeiro plano as peças de caminho.
Mas começa com um detalhe diferente,...simples, ao entrar no calabouço, você tem um objetivo, recolher mais ouro e o melhor lugar é no centro do calabouço, onde dorme um dragão. Quem recolher mais ouro e se por acaso sair lá de dentro vence a partida, lógico não é nada genial, mas você tem um objetivo tangível.
Cartas do jogador.
Cartas, muito bacana a arte.
Outro detalhe, cada rodada um marcador de tempo é movido, então quanto mais tempo o jogador permanece perambulando dentro do calabouço, maior o risco do dragão acordar e" tu se ferrar", rs.
Todo enrolado, consegue a carta de uma porta secreta, não uma vez, mais vezes durante a partida
Mas não parecia nada demais, até o jogo tomar forma e então você passa a escolher, seguir adiante após ter um certo valor em ouro ou sair e esperar que os outros não tenha a mesma sorte, afinal mais tempo dentro do calabouço, mais possibilidades de obter ouro e vencer, mas na contra mão, maior a chance de você ser eliminado.
Pronto uma diferença importante e que levou o jogo a um nível de diversão que fiquei surpreso. Não que é agora, ou vai ser meu estilo preferido de jogos, mas pelo menos mostrou que existem jogos deste estilo com algum conteúdo e por fim uma ótima fonte de diversão.
Outros detalhes movimento pelas catacumbas, alguns efeitos e poderes típicos destes jogos,. resumindo um jogo bacana, surpreendentemente gostei bastante. O único ponto que o próprio Rafael já tinha chamado a atenção e que também achei muito ruim é o sistema de combate, uma chatice, mas existe uma variante fornecida pelo próprio fabricante.
Em alguns momentos durante a partida, principlamente o personagem do Rafael fez diversas peripécias, lógico com um elavado fator sorte e não foi pouco, mas nestes casos realmente a tensão e a brincadeira dos demais, foram deverás divertidos e bem vindos.
Personagem do Rafael no centro do calabouço.
Movimento pelas catacumbas, controlado pelas cartas.
Abrindo caminho para sair do local. Foi muito bacana esta parte da partida.
Então pessoal falando com a língua queimada, mas contente em falar sobre este jogo, recomendo a experiência, quem sabe o fabricante também pense um pouco e resolva explorar as possibilidades, por simples que sejam e desta forma inserir algum conteúdo neste estilo de jogo.
Abraço!
Cara, sempre adorei jogos com essa temática (por mais simples que possam ser), desde a época das campanhas de RPGs...
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