Então amigos, Ave Caesar é um jogo muito fácil de ser jogado, embora o manual deixe a desejar em alguns pontos. Falta maior esclarecimento sobre como proceder assim que a prova inicia, afinal qual a ordem de jogar ??... ficou confuso, é a ordem inicial de largada a ser obedecida ou quem assume a liderança a cada rodada e na ordem de posições assumidas.... a lógica manda obedecer a ordem de largada sempre, para que desta forma ocorram jogadas mais táticas. Foi o que fizemos e funcionou muito bem, afinal é simples, mas principalmente também muito divertido.
Estabelecido a ordem de largada, é bom cada jogador sentar em torno da mesa conforme esta ordem, para que o jogo flua sem confusões. Cartas misturadas o jogador saca três cartas, outra furada com o manual que diz quatro, mas no manual original ( BGG) são mencionadas três e seguimos esse parâmetro....mas tudo bem, resolvido a questão... destas três cartas o jogador escolhe uma para usar na sua vez de jogar, e move a sua biga tantos espaços (exatos) ao do valor da carta. Se não houver o suficiente espaços para mover a biga, com nenhuma das cartas a sua disposição, deve passar. A única exceção é a carta seis que não pode ser usada pelo jogador que lidera a corrida, o que não deixa de ser um elemento de equilíbrio interessante, um limitador que procura tirar alguma vantagem deste jogador.
A corrida segue obedecendo a ordem de jogar conforme a ordem de largada, ai é simples, usa a carta, move a biga e repõem a mão de cartas ( no máximo três). Durante a primeira ou segunda volta, o jogador deve passar a frente da tribuna do imperador e deixar seu Denário, então grite bem alto Ave Caesar, depois que todos gritaram o seu vizinho vai pensar coisas estranhas a seu respeito.... quem não fizer a doação do Denário, não poderá mesmo se vencer ser declarado o vencedor e receber as 20 virgens como parte da noite de comemorações da vitória ( aqui em casa foi assim), o último pode escolher entre se tornar eunuco ou ser empalado, pendurado ao lado do portão de Roma que dá na Via Apia.
Fazer o que com uma mão dessas, coisa de Ultimus Hermenicus.
Após conturbadas e degladiadas voltas, o vencedor é quem cruzar a linha por primeiro, tudo muito simples. E também é muito bacana ver aquela sacanagem básica que tranca metade do pessoal. Tenha certeza que o jogador deve administrar muito bem suas cartas, lógico dentro do que lhe esta disponível a cada rodada, porque se não!!....aquele pangaré que você comprou daquele cara lá na Gália, pode te deixar na mão, e sua biga pode ficar na caminho. Achei muito bacana isso, as cartas somadas ao trajeto que você deve ou escolhe fazer, podem não ser o suficiente para chegar a terminar a corrida, e mesmo ao chegar o jogador tem no final uma ou duas cartas, a coisa e bem contadinha, abre o olho... pense na sua condição como último colocado, a empalação ou se tornar um eunuco na certa.
Visual bacana, o pessoal aprovou o jogo.
Bom senhores eunucos ou não, Ave Caesar é um jogo muita bacana, vai de encontro aquela opção família ( quando neste caso aquele prêmio de vinte virgens não é adequado), o povo na certa vai achar muita diversão e até boa rejogabilidade, porque cada partida é uma diferente da outra, ainda mais se a galera entrar no clima com os máximus ou minimus lúdicos. Também é boa opção para o povo que curte jogos mais leves e tranquilos, interessado em boas noites de jogatina principalmente divertidas. A Grow acertou com a escolha, por um lado trouxe o Puerto Rico que é estratégia pura, jogão sempre, já Ave Caesar é diversão, mas não sem ter suas táticas que o pessoal rapidamente vai sacando e botando em pratica.
Note a concentração de Máximus Coverus
momentos antes da largada.
Recomendo, vale ter o jogo, estar nos grupos de jogos e coleções, sempre vai ser uma opção divertida .... e afinal é isso que conta nos encontros da galera. Uma dica compre cavalos nas províncias ibéricas, tinha lá um cara que tinha bons cavalos, mas ai ao ir para a guerra contra os germânicos, foi traído, o imperador assassinado e um usurpador tomou conta, dizem que virou gladiador.. mas são histórias de corredores de bigas, sabe como é ...muita imaginação, muito papo.
Jogo criador por Wolfgang Riedisser, comporta de 2 a 6 jogadores, a partir dos 12 anos, pode ser menos sim, duração de partida algo como 30 minutos.
Link para assunto relacionado.
Abraço!
Estou em Portugal e comprei a versão original. Aumentei as casas com novas divisões e o Circo de Roma ficou com 93 casas em 3 voltas exteriores e 85 em 3 voltas interiores, e o Circo de Constantinopla ficou com 99 e 84 casas respetivamente. Isto contando com as 5 casas que se fazem uma vez para cumprir a saudação ao Imperador. Estas contas implicam que a casa da meta seja dividida em duas casas e que as quadrigas partam imediatamente antes do número romano que fica na meta (em vez deste ficar na traseira da biga fica à frente do peito dos cavalos). Para reduzir o fator sorte, optei pelas 4 cartas para cada auriga em vez de 3. Quando cada auriga saúda o Imperador recebe uma peça (usei uma de Lego) com um bónus de 3 pontos que pode utilizar quando quiser em vez de uma carta. Esta peça extra é vital para a emoção do jogo, porque o resultado final é que algumas bigas não consigam acabar a corrida e, portanto, tem de haver muito mais tática na utilização de casas da volta exterior, pois o abuso leva a não ser possível acabar. Também passa a haver estratégia no jogo ideal que será o de 3 jogadores com 2 bigas cada e o resultado final ser a da pontuação por equipa de 2 e não de quem é a biga que vence. Por exemplo, uma equipa perde se tiver o 1º lugar (6 pontos) e o seu segundo carro ficar em 6º ou não se qualificar. Isto no caso de outro jogador ter feito 2º e 3º lugar (4 pontos + 3 = 7). O jogo passa a ter estratégia e não apenas tática, porquanto um jogador pode decidir que a sua prioridade é acabar a corrida com os dois carros enquanto outro pode decidir que irá sacrificar uma das suas bigas em apoio da vitória da outra. E como o vencedor final só se encontra ao fim de 3 corridas de 3 voltas cada, as estratégias e táticas de cada equipa de 2 bigas vão-se alterando de corrida para corrida. Acho que o jogo ficou bem melhor, com menos sorte e mais estratégia e tática.
ResponderExcluirInteressante Sérgio Sodré. Agradeço por compartilhar conosco o seu desenvolvimento, sua variante. Você já publicou essa versão no BGG?
ExcluirPosso publicar essa sua variante aqui no blog? se sim gostaria de receber algumas imagens de seu desenvolvimento. A matéria será creditada em seu nome, aguardo parecer. abs!
Não publiquei a minha versão, que só comecei a usar há pouco tempo, e por mim está à vontade para avançar com a publicação. Tenho limitações em conhecimento informático mas posso ir explicando os pormenores do que fiz e estou a testar com sucesso (parece-me). Em ambas as pistas, em frente as 5 casas da saudação ao Imperador ficaram 3 casas em vez das 2 porque dividi a casa da meta em duas. No circo de Roma, no sentido dos ponteiros do relógio, temos a curva do 2º muro e aí dividi a casa da pista interior em 2 casas (a curva exterior tinha e mantem 3 casas), depois temos o 2º estrangulamento e depois dupliquei as casas interiores e exteriores até ao 3º estrangulamento, depois dividi na horizontal a casa logo a seguir ao 3º estrangulamento de modo a que pudessem passar duas quadrigas em vez de ser um novo estrangulamento. Não mexi mais no Circo Máximo. No hipódromo de Constantinopla, também no sentido dos ponteiros do relógio, acabei com o estrangulamento logo após o terceiro muro interno, na casa que fica entre dois muros externos, dividindo na horizontal de modo a puderem passar duas quadrigas, depois dividi em 2 a primeira casa exterior da curva, que era muito grande, depois dividi em 2 a segunda casa da curva interior, depois dividi em 2 a curva exterior imediatamente antes do estrangulamento e depois da ponte (e para jogar conto duas casas, a interior e a exterior, antes e depois da ponte como se houvesse uma divisão invisível debaixo da ponte), e finalmente dividi em 2 a primeira curva exterior e a primeira curva interior logo a seguir ao estrangulamento. Há um muro entre as curvas que assim passaram a ter 3 casas em vez de 2. Não mexi mais e imaginei o tal bónus de 3 pontos após a saudação imperial de cada carro (pareceu-me que 3 era o ideal para um jogo equilibrado). Tire o partido que quiser destas ideias. se entender citar o meu nome só tenho de agradecer. Fico aguardando as suas eventuais dúvidas e ideias novas que desde já agradeço.
ResponderExcluirEstou na dúvida sobre será melhor usar 4 cartas ou então voltar às 3 cartas do jogo original (mais o bónus de 3 pontos da versão que inventei). Terei de testar mais. É que as pistas ficarem maiores já reduz muito a sorte quando se joga só com 3 cartas, pois cada jogador vai ter todas as cartas na mão antes de acabar a corrida, o que não acontece nas pistas mais curtas no jogo original. Com 3 cartas há mais alternância e ultrapassagens, e com 4 cartas é mais fácil a quem ganha vantagem conservá-la e evitar surpresas. Tenho de testar comparativamente em vários jogos. Jogando com 2 jogadores cada um com 3 bigas fiquei com a impressão de que 4 cartas seria demasiado, Com 3 jogadores com 2 bigas cada, 4 cartas funcionou bem mas ainda não posso garantir que com 3 cartas fosse pior.
ResponderExcluirContinuando a tentar melhorar o jogo acabo de testar uma pequena alteração nas regras que resultou muitíssimo bem, com alta incerteza até ao fim e um vencedor inesperado. Só experimentei no Circo Máximo, mas no Hipódromo deve dar o mesmo. Jogando na pista alargada que antes sugeri, introduzi logo à partida 1 carta extra de 3 pontos (usei os 3 de dois baralhos de cartas de jogar normais) e joguei com 4 cartas (as 3 dos jogo normal mais 1 carta de 3 para cada auriga), cada jogador pode utilizar esse 3 extra exatamente como qualquer outra carta e depois vai buscar 1 carta ao baralho para ter sempre 4 cartas disponíveis. Note-se que, no início, cada auriga só recebe 3 cartas do baralho pois cada um já tem a sua carta de 3 extra. O jogo decorre normalmente, mas com menos sorte pois há 4 cartas e a pista é maior o que obriga a mais tática. Todavia, a novidade que obriga a muito maior rigor, é que não ganha quem passa em primeiro na meta mas sim quem fica mais há frente após todos jogarem o mesmo turno. Exemplo, se foi o 2º a começar o jogo quem passou primeiro a meta, é preciso deixar jogar o 3º.4º.5º e 6º para se apurar quem realmente venceu, que será aquele que ficar mais afastado da linha de meta. É mais realista pois assim é como se todos corressem em simultâneo e reduz-se a vantagem de quem começa o jogo. Nos casos de empate, fica à frente quem tiver mais pontos nas cartas com que ficar na mão. Se mesmo assim houver igualdade ficam exequo em cada posição e recebem os mesmos pontos. O mesmo para as restantes posições. Isto implica um maior cálculo para a "reta final". Só mais uma nota para o hipódromo de Constantinopla alargado: quando dividi em duas a grande casa da curva exterior (logo a seguir à passagem superior entremuros) coloquei um pequeno muro no ponto onde fiz a divisão para tornar bem claro que quem seguir a curva exterior só pode passar para a curva interior mesmo junto ao início do muro da pista original que divide a pista exterior da interior, tal como era suposto na pista original sem alterações.
ResponderExcluirnão mais há frente, mas sim mais à frente.
ExcluirEntão Sérgio Sodré, boa noite, tudo bom com vc? Vou dar lida no material e provavelmente publicar uma materia a respeito. Abs!
ResponderExcluirBoa noite Hermes, já completei os testes e não vejo como melhorar. O ideal julgo ser 3 jogadores com 2 quadrigas cada um e a contagem final resultar de 3 corridas (de 3 voltas cada uma claro). Com 3 corridas todos ficam em igualdade, pois todos vão partir das mesmas posições. O que realmente conta não é ficar em primeiro mas sim a pontuação da equipa de 2 carros cada. Em Roma existiam 4 equipas (os azuis, os verdes, os vermelhos e os brancos). Como as equipas verde e azuis eram as mais fortes, imaginei um jogador com o carro azul e com o cinzento (este seria o 2º carro da equipa azul), outro com o carro verde e com o castanho (este seria o 2º carro verde) e o jogador restante representaria uma aliança entre a equipa vermelha e a branca (o amarelo representaria o branco). Uma coisa é certa: a sorte fica muito diminuída e a tática muito reforçada... Fico aguardando os comentários e sugestões que vc queira fazer para continuarmos a trocar ideias. Abs!
ResponderExcluirBom dia Hermes, só agora reparei bem nas suas fotos e então percebi que a sua pista tem importantes diferenças relativamente à minha que é a original do jogo. Além da minha mais parecida com a sua ser a que eu chamo de Circo Máximo, as divisões das casas são diferentes. Por exemplo, na minha há 5 casas na zona de saudação ao imperador, o que provoca um intenso jogo tático nessa zona, entre outras diferenças. Julgo que buscando imagens na internet vc poderá aperceber-se das diferenças e assim entender melhor o que eu venho dizendo.
ResponderExcluirContinuo a jogar este jogo de circo romano e apenas acrescentei uma pequena alteração que consiste em caso de empate entre quadrigas fazer o desempate dando primazia ao auriga que ficar com mais pontos por utilizar. Isto acontece quando um jogador fica com um ou dois pontos por utilizar e outro com zero ou um (diferenças maiores são improváveis), então quem tem mais pontos sobe uma posição relativamente ao outro, ou empurra o outro para baixo, o que vai dar no mesmo.
ResponderExcluirTambém tive uma outra ideia mas ainda não testei que seria a de, após o vencedor ter passado a meta e terminado todo esse turno por todas as quadrigas, somente permitir que as demais quadrigas jogassem talvez dois turnos (o número de turnos seria a testar) e se não conseguissem chegar à meta seriam eliminadas. O objetivo era evitar que carros muito atrasados acabassem por ocupar boas posições finais à custa doutros que tinham arriscado e se despistado, o que é relevante quando se compete por equipas e as contas finais são feitas depois de várias corridas. Mas tenho de testar.
Estive a testar e a ideia de limitar as possibilidades das quadrigas atrasadas completarem a corrida não me parece, afinal, ser boa.
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