sábado, 6 de janeiro de 2018

Quem diria!

Quem diria mesmo!

Há apenas alguns poucos anos na Ilha do Tabuleiro, muito se discutia sobre a grande sina dos jogos de tabuleiros, ou seja os jogos eletrônicos. O apelo visual aliado a dinâmica dos movimentos nos jogos virtuais, fez deles  a bola da vez.  A partir dos anos 80 evoluíram muito, literalmente aniquilando os jogos de tabuleiro ou quase.

Somente com a chegada dos eurogames a partir de 1995, com o Catan de Klaus Teuber é que houve uma nova luz surgindo no horizonte. De lá para cá, muitos avanços em todos os setores no que tange os jogos de tabuleiros, grandes jogos como Puerto Rico, que por anos ficou no topo do ranking do BGG, é agora um clássico, e novos títulos são são lançados aos milhares a cada ano.

Milhares? 

Com certeza, basta comparar os números no BGG sobre os jogos cadastrados, por volta de 2008, quando estava perto dos 80 mil títulos, agora beira os 100 mil. São dez anos e algo em torno de 20 mil jogos adicionados neste espaço de tempo (aproximadamente).

Ai deparei com essa matéria postada no BoardGames Brasil, compartilhado pelo Felipe M., sobre os programas de financiamento coletivo como o Kickstarter,

" Jogos eletrônicos perdem espaço para jogos de tabuleiro no Kikstarter" publicado no Tecmundo.

Dai o porque do "QUEM DIRIA", afinal como já mencionei, há alguns poucos anos, o cenário era bem diferente, a ponto de haver discussões no fórum da Ilha sobre a realidade da época, que era os jogos eletrônicos predominando.

Me pergunto o porque disso?

Sempre um dos pontos mais atraentes dos jogos de tabuleiros era a interação das pessoas, uma reunião para fins de diversão. De brinde vinha o exercício da estrategia do jogador, a disputa  em diferentes níveis, mas o grande diferencial dos jogos de tabuleiros era a interação social e por fim a diversão a grande meta..

Outros aspectos que também ajudaram nessa mudança, na certa são um grande avanço no aspecto visual dos jogos de tabuleiros, a arte é muito melhor hoje do que na grande maioria dos jogos  lá pelo final dos anos 90. Até já abordei isso em um tópico aqui no blog, " A beleza dos Jogos de tabuleiros".

Soma-se a isso as miniaturas, é outro apelo, e tem muita gente que literalmente vira um babão por conta das miniaturas. O acesso a elas é hoje muito mais fácil, afinal temos cada vez mais a disseminação do uso das impressoras 3D, embora outras técnicas de moldagem continuem em vigor, principalmente para grandes demandas, ainda vão perdurar por um pequeno tempo.

Mas afinal, resta uma questão!  São muito poucas pessoas no planeta, que tem o privilégio de viver da criação de jogos. Isso é fato, mas impressiona a quantidade de pessoas interessadas em criar jogos, muito do que se lê nos fóruns dos diversos sites especializados, esta relacionada com isso, e gente mostrando  trabalho, querendo aparecer, discutindo ideias ou parasitando tudo isso.

Na contra mão dessa realidade,  no mundo virtual dos criadores de jogos eletrônicos, existem muito mais oportunidades de viver da criação de jogos, e tem quem vive muito bem disso, mas os caras estão perdendo espaço para essa legião de criadores obscuros e muitas vezes geniais dos jogos de tabuleiros.

Acredito que a questão é simples, você não precisa saber de programação para criar jogos, por isso a essa legião de criadores, e para os eletrônicos que dependem de programadores,  resta agora buscar os não programadores para dentro do mundo virtual, e quem sabe evoluir para um novo estágio para estes jogos. Nada disso é novidade, salvo os jogos de tabuleiros, finalmente estarem ultrapassando seus iguais eletrônicos.

Abraço!


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